segunda-feira, 22 de junho de 2009

Comportamento do consumidor na internet - a internet mudou o consumidor e o consumidor mudou os hábitos

A internet precisa ser olhada de outra forma. As empresas que investem em publicidade na internet geralmente pensam como pensavam em publicidade offline: propaganda, venda, agressividade, anúncio etc.

Vamos lembrar que a internet não é apenas mais um meio. A internet é um centro de pesquisas, interatividade, relacionamento, sociabilização, entre vários outros. A tv está dentro da internet. O radio está na internet. O jornal está na internet... se você for muito novo, não vai saber o que é "jornalzinho interno", "memorando", ou "circular", mas a newsletter por e-mail é isso, e ela agora está só na internet.

Tudo isso sem falar na mobilidade, que faz a internet estar 24h com as pessoas. Mas esse é um outro assunto... voltarei a escrever disso.

Precisamos pensar de forma mais completa, mais integrada. O consumidor quer participar, escrever, interagir. As empresas precisam conversar com esses consumidores ao invés de impactar. No lugar de mostrar impressões de banners para eles, vamos dialogar, levar conteúdo, receber conteúdo, viver experiências digitais com nossos consumidores.

Pra pensar!

Flávio Horta

O aumento da liberdade no consumo da mídia traz oportunidades ao anunciante

Desde o início da década estamos assistindo o aumento da liberdade que as pessoas estão passando a ter ao consumirem as mídias. A internet trouxe essa possibilidade de infinitas escolhas ao invés de algumas revistas, alguns jornais e algumas redes de televisão, sempre seguindo as regras dos grandes conglomerados.

As pessoas estão falando o que pensam. A internet e as redes sociais trouxeram as ferramentas e o consumidor as utiliza de todas as formas.

O negócio agora é interagir ao invés de impactar. Antes de traças as estratégias de marketing vamos ouvir, entender e traçá-las a partir das oportunidades que as pessoas estão nos dando quando escrevem sobre as nossas marcas.

Impactar o consumidor VS Interagir com o consumidor

Vamos deixar o termo “impactar o consumidor” para aqueles publicitários do século passado, que ganharam vários prêmios em Cannes. Vamos falar em relacionamento com o consumidor. Vamos falar em interação, troca. Vamos oferecer conteúdo. Concordam que os termos “impactar” e “atingir” o consumidor não está mais colando para o consumidor atual? Ele quer se relacionar com as marcas e empresas nas quais tem afinidade, e não ser atingido.

Aconteceu no Social Media Brasil em São Paulo

No início desse mês participei do Social Media Brasil 2009, que aconteceu em São Paulo com palestras de diversas empresas que trabalham o marketing nas redes sociais.

Algumas palestras, cerca de metade, focaram mais na propaganda das empresas palestrantes do que no conteúdo e tendências. Porém, essa é a minha única crítica ao evento – que deveria ter tido mais foco em conteúdo. A outra metade dos palestrantes focou o discurso em teorias voltadas ao novo comportamento do consumidor na internet, bem como algumas estratégias e cases que nos ajudam a pensar em novos formatos e a criar diferente.

Resumi aqui alguns pontos que achei importante. Indico que vejam os power points apresentados pelos palestrantes no site do Social Media Brasil ou diretamente nos links:

Percepção das redes sociais - Edney Souza

Branding 2.0 - Amyris Fernandes

Social Media é a resposta para o banner blindness?

Boo-Box - Fred Pacheco

Desafios em Social Media - Guilherme Valadares

Conceituando e criando estratégias - Ian Black

O moto perpétuo do boca-a-boca – Roberto Cassano

Usabilidade em redes sociais - Gustavo Morale

Social Media x Search Marketing - Ricardo Feldman

Estratégias em blogs e como gerar buzz na internet - Wagner Fontoura

Como detectar e aplicar novas tendências no mundo corporativo - Roberto aLoureiro

Busca e Social Media: Alinhando estratégias - Fábio Ricotta

Busca e Social Media: Alinhando estratégias - Gustavo Zaiantchick

Busca e Social Media: Alinhando estratégias - Paulo Teixeira

A importância dos widgets na Social Media - Samuel Vignoli

OK! Tudo é muito bonito, mas e os problemas? - Juliano Motta

Entender o consumidor:

Identificar as idéias e opiniões do consumidor sobre a sua marca/produto é criar oportunidade de interação com esse público. E para ajudar, o seu cliente te fala o que pensa. Na verdade, eles sempre falaram, mas você não conseguia saber, ou conseguia com muita dificuldade. Eles falam tanto nas redes sociais que não precisamos mais fazer aquelas pesquisas caras. Eles falam mais do que os gurus de marketing. É melhor ler o que os seus clientes tem a dizer na internet dos que ouvir os gurus. Agora tudo ficou mais simples: abra as comunidades do Orkut onde eles escrevem sobre a sua empresa, acompanhe o que eles estão falando no twitter, veja os vídeos postados no youtube etc.

Estratégia única:

Depois de entender o consumidor, defina as estratégias mais adequadas e interaja com ele. Chegou o momento de parar de pensar em online e offline. O momento é de pensar na estratégia em si como um todo. O ideal é entender o consumidor alvo da empresa e definir como chegar, interagir, conversar e trocar com ele. É necessário pensar na estratégia independente do meio, mas sim de como, quem, o que falar. Depois, adapte-se a linguagem a cada meio.

Outros pontos importantes do evento:

As redes sociais fazem tanto sucesso porque pessoas confiam em pessoas.

A prova de que os consumidores estão mudando e não querem ser mais "impactados" são as decadentes taxas de cliques dos banners. Os usuários não olham mais os banners.

Os banners foram criados a partir do mundo offline, sem pensar no modelo de web que vivemos hoje. Eles parecem outdoors animados que foram adaptados para a internet.

O consumidor controla o que quer usar e receber.

O brasileiro é social, independe da internet. A partir das ferramentas criadas na internet, o brasileiro faz no mundo virtual o que já fazia ou o que queria fazer no mundo offline.

Pilares da comunicação interativa: serviço / conteúdo / entretenimento.

Social Media significa gerar o viral ao invés de comprar um caminhão mídia.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Evento e palestras sobre marketing digital no Brasil

Com o objetivo de passar conhecimento sobre internet, a Media Factory criou o DigiTalks, evento com palestras sobre o mundo digital, internet, marketing online, mobile, redes socias (social media), comportamento das empresas na internet, dados de internet e do mercado, entre outros temas que são tendência na publicidade.

A partir do sucesso do primeiro evento no Bar des Arts em São Paulo, o evento ganhou nome - DigiTalks - e já estará na segunda cidade: semana que vem a séria de palestras será em Belo Horizonte, no hotel Ceasar.

O evento será apenas para convidados. Para verificar a disponibilidade de convites, fale com a gerente comercial da Media Factory em Belo Horizonte - Jamile Lage: jamile@mediafactory.com.br.

Depois do evento postarei as apresentações e farei um resumo de como foi. Por enquanto, fiquem a vontade para ver e baixar as apresentações das palestras de São Paulo.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os eventos da IAB são ótimos para entender melhor o mercado de internet no Brasil

Uma dica: a IAB Brasil organiza eventos em várias cidades do Brasil para levar a cultura de investimentos na intenet, dados do mercado e tendências do mundo digital.

O último que aconteceu foi o IAB Media 2009 Recife:


Um panorama do mercado digital. Esse foi o primeiro tema apresentado por Paulo Castro, Diretor Geral do Terra e Presidente do Conselho do IAB Brasil, aos mais de 250 participantes do IAB Media 2009 Recife. Em sua palestra, Castro destacou o crescimento da audiência na Internet que, de acordo com as estimativas da entidade, chegará a 68,5 milhões este ano, projetando também que o acesso à banda larga pode chegar a 87% (conexões residenciais).

É fato e notório que internet é um potencial mercado para a publicidade. Os dados apresentados mostraram que foi a mídia que mais cresceu (44%). “A principal barreira é humana, de informação e de compreensão dessas novas mídias”, avisou Castro.

Tratando do potencial e do crescimento das mídias sociais, o consultor e professor Marcelo Coutinho, afirmou que não é uma decisão de o cliente estar na rede social. Provavelmente, há pessoas que estão falando dele. Ao contextualizar que estamos na época do “informacionalismo” - fazendo um contraponto com o industrialismo -, ele reforçou que “a melhor saída é dialogar e trocar informações com essas pessoas e não fugir delas”. A palestra de Coutinho foi voltada para apresentar o poder das mídias sociais e a credibilidade que essas mídias estão adquirindo.

Já Enor Paiano, Diretor de publicidade do UOL e Stanlei Bellan, diretor de Interatividade da agência Ogilvy, levantaram questões em torno dos desafios e da necessidade do mercado trabalhar mais com os formatos padrões de banners. “Os criativos precisam criar para esses formatos. O que sustenta uma indústria são padrões”, afirmou Paiano. “Criações diferenciadas pontuais são importantes, mas o mercado precisa trabalhar com os padrões”, ressaltou Bellan. Se os criativos criam coisas impressionantes para comerciais de TV de 30 ou 15 segundos, porque não transferir essa mesma criatividade para os formatos padrão da Internet, concluíram.


Sobre o evento, Gustavo Theodozio, Diretor do Jornal do Commercio Online disse: "O IAB Brasil trouxe um conhecimento importante para o mercado do Recife. Iniciativas como essa ajudam a crescer o mercado"

O crescimento da classe C na internet causa impactos importantes e mudanças de paradigmas são necessárias

Com a classe C na internet, devemos estudar alguns números e refletir como as empresas estão se comportando e se relacionando com eles. É preciso estar atento à essas mudanças. Vamos ficar de olho.

Indico um ótimo artigo que o Felipe Morais escreveu no omelhordomarketing. Confira.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Querendo ou não, você está na internet

Por mais que você não esteja cadastrado em uma rede social, alguém já postou o seu nome em algum lugar, já subiu uma foto ou falou de você na internet.

Agora a pergunta é: como você aparece no mundo da internet. Quando alguem quer saber: quem você é? / o que você faz? / como é a sua vida?; o que essa pessoa lê ao te buscar na internet?

Essa pessoa pode ser apenas o seu amigo da faculdade, do barzinho etc., mas também pode ser o seu chefe, alguem da sua família, um cliente, um fornecedor...

Cuide da sua reputação digital para ter uma reputação socialmente aceita e faça com que ela abra portas ao invés de fechar.

O Renato Beralzir, experiente profissional de search marketing da Media Factory escreveu muito bem sobre o assunto e dá algumas dicas de como se comportar na internet:

"Redes Sociais
Não exagere! Todas as pessoas que te conhecem na internet não precisam saber cada detalhe de sua vida, muito menos que você acabou de acordar ou brigou com a namorada.

Comunidades brincalhonas, como “odeio segunda-feira”, podem passar uma péssima imagem, por isso é melhor evitar. Se achar engraçado, ria, não precisa adicioná-la. Por outro lado, você pode mostrar interesse e entusiasmo por determinadas áreas, basta escolher bem suas comunidades. Adicione comunidades relacionadas ao seu trabalho e ambições.

Algumas redes sociais são próprias para o uso corporativo, como o LinkedIn. São ótimas para achar e ser achado no mundo profissional.

Pensem em: como quer ser encontrado. Preencha sempre os dados do seu perfil, principalmente a parte que se refere ao profissional. Escreva seu nome como as pessoas te reconhecem e evite apelidos íntimos e caracteres especiais no lugar das letras, pois isso dificulta a vida de quem te procura."

Ele fala ainda sobre comportamento nos Instant Messengers, melhores formatos para Assinatura Digital e como fazer para ser achado (SEO Pessoal). Clique aqui para ler o artigo na íntegra. Vale a pena. Boa leitura.


terça-feira, 9 de junho de 2009

Perfil do brasileiro no Twitter

Ainda se instalando no Brasil, o Twitter já começa a fazer muito publicitário a pensar: como trabalhar a publicidade no twitter?

Diversas ações brasileiras já foram testadas. Algumas deram certo, outras serviram de aprendizado. O importante é ser criativo e ousar.

A minha amiga Jamile Lage publicou em seu blog uma pesquisa do perfil do brasileiro no twitter. Muitos homens e a maioria solteiro. Veja

Quer ousar? A Media Factory é uma empresa que pode te ajudar a entender melhor o trabalho em redes sociais.

Passos para a democratização da mídia - manipulação fica às claras

O fato de poucos veículos dominarem a mídia, há pouquíssimo tempo atrás vivíamos na era da manipulação da mídia. O produtores dos conteúdos e donos das emissoras podiam escolher o que e como o espectador iria assistir.

Pois é, em tempos de mundo digital isso não pega tão bem! A Rede Globo podia fazer o que fez ao boicotar o logo do Silvio Santos na entrevista do Ronaldo há um tempo atrás sem o público perceber, mas hoje, com o acesso a opiniões de outros espectadores, blogs, veículos alternativos etc. não é mais possível. Fica FEIO!

Assista ao vídeo do programa ooops da tv uol e tire suas próprias conclusões.

No BlueBus saiu que o marketing deles já foi mais inteligente. Porém, na minha opinião, eles já foram mais ignorados em tempos onde a manipulação passava despercebida.